Enviado por Gyannini Jácomo
Linda, como é belo o seu Adorno
Adorno contracultura do belo
Um neologismo do lapso
Que espaço é esse para o nosso tempo
Tempo novo que não derrama o leite
Mas deixa azedar
E no coalhado gabinete
A arte se faz ausente
A demagogia eleva-se – aos céus
Aos céticos da cultura
Um tempo novo e sem valor
De vozes calmas e sombrias
Onde relutar o manifestar nossa rutilância
Fere a ânsia da energia
Onde parar?
Se estacionados estamos
Salve os independentes!
Que nunca foram ou serão crentes
Só resta a dó dos carentes
Pois a arte eloqüente
Agora é um bordado ou um ponto tricô
E as demissões de gente competente
Deixa os espaços de fomento da alegria e cultura ausentes
Ás moscas igual a um cocô
É uma grade cocha
Um disparate ordinário
Que me faz escrever aos homens da casa
Como encontrar uma solução?
Um jeito de amolecer essa ditadura?
Atores, poetas, músicos, artistas e loucos
Sem porto ou pátria assistindo
O perpétuo momento torto
O movimento do nada
A grande morsa morosa do cerrado
Eu que não tenho livros, nem projetos e nem mesmo desafetos
Posso agarrar a essa causa
Para que os outros possam deferir
Seus feitos em algum leito
O que vejo e sinto é um vômito um tanto insatisfeito
De quem pensa que o lindo é realmente fazer feio
E quem puder que interfira, pode, estanque
Antes do fatídico acidente, tome atitude e pise no freio.
Marcelo T.A
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