Enviado pela Secretaria do Audiovisual - MinC
A reunião do Conselho Consultivo da Secretaria de Audiovisual foi realizada nesta segunda-feira, 3 de agosto, em Brasília. Na pauta, a definição da nova composição do Conselho, anúncio de prazo para contribuições em relação aos editais de fomento que serão lançados ainda em 2007 e distribuição dos editais para análise das entidades. TV Pública, políticas de incentivo à atividade cineclubista, apresentação da ação da Secretaria aliando audiovisual e cidadania e propostas de fomento à realização audiovisual popular foram outros dos temas.
Encaminhamentos e debates
O secretário do audiovisual, Orlando Senna, abriu a reunião informando sobre o falecimento do fotógrafo de cinema Mário Carneiro e manifestando pesar pela perda.
Em sua fala inicial sobre a atuação da SAV, Senna destacou as atividades da Secretaria nos debates sobre a Tv Pública no Brasil, no apoio à atividade cineclubista e à ampliação dos espaços de exibiçao do cinema brasileiro, através de programas como a Programadora Brasil e os Pontos de Difusão Digital– há 100 deles sendo montados e perspectiva de novos através de parcerias. Citou o trabalho de apoio à organização das film commissions no país e falou sobre as perspectivas para o audiovisual no PAC Cultural, do governo Federal.
As diretrizes do Ministério da Cultura para o Plano Nacional de Cultura (PNC) foram apresentadas aos conselheiros pela equipe de redação do Plano. A partir de setembro, serão realizadas atividades em todo o país para debater a formulação do Ministério para o PNC, instrumento legal que planejará linhas da política de cultura para um prazo de dez anos e traçará o papel de cada ente federado nas políticas culturais. O Plano precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Entidades ligadas ao audiovisual serão convidadas para o debate público que será iniciado pelo Minc nos próximos meses. Novo Conselho Na nova composição definida durante a reunião, farão parte do Conselho Conslutivo da SAV 15 setores ligados à produção audiovisual. A eleição dos conselheiros é feita pelas entidades e associações de cada segmento.
Durante o debate foram reafirmados os objetivos do conselho: debater e traçar linhas sobre a política cultural para o audiovisual no Brasil.
Os setores que indicarão representantes são:
* Setores que fazem parte do Conselho Consultivo desde 2003
1- Fórum dos Organizadores de Eventos Culturais e Diretores de Festivais
2- Emissoras Públicas, Educativas e Culturais de Televisão
3- Associações de Produtores Independentes de TV
4- Associações de Diretores
5- Associações e Sindicatos de Produtores
6 - Escolas de Cinema
7 – Associações de Documentaristas e Curta-metragistas
8 – Associações de Pesquisadores, Críticos, Estudiosos e Restauradores
9 – Sindicatos e Associações de Trabalhadores
10 - Congresso Brasileiro de Cinema
*Setores que tiveram participação aprovada nesta Reunião
11 – Associações Cinema e Animação
12 – Associações de Realizadores de Jogos Eletrônicos
13 – Associações de Roteiristas
14 – Fórum de Experiências Populares em Audiovisual
15 – Associações de Cineclubes
Definiu-se também que poderão ser convidados para as reuniões, a depender da presença de temas ligados a estes setores, representantes dos exibidores, distribuidores, das empresas de infra-estrutura e das Tvs Privadas. Editais
Cinco propostas de editais de fomento foram apresentadas pela SAV aos conselheiros.
Os representantes têm o prazo de 15 dias para debater em suas entidades e enviar à SAV sugestões para os editais:
· curta-mertagem, apoio ao desenvolvimento de projeto de série de animação para TV
· curta-metragem do gênero ficção, com temática infanto-juvenil
· curta-metragem do gênero animação
· curta-mertagem dos gêneros ficção, documenário ou experimental
· curta-mertagem do gêneros ficção, documentário ou experimental, destinados a pessoas físicas integrantes ou egressas de projetos sociais
· longa metragem do gênero ficção, de baixo orçamento (BO)
Os conselheiros debateram sobre a importância de haver também editais para documentários de longa-metragem para cinema, além dos já existentes concursos para o DOCTV e o Documenta Brasil. O secretário Orlando Senna explicou as restrições orçamentárias para a abertura deste edital. O Conselho sugeriu que, nos próximos editais, a SAV analise a possibilidade de realizar concurso para 10 obras de baixo orçamento, divididas em cinco prêmios para obras documentais e outros cinco para filmes de ficção.
Programas da SAV, cidadania e formação para o audiovisual
O projeto Programadora Brasil (www.programadorabrasil.org.br), política pública que começou a ser implementada no início de 2007, foi apresentado ao conselho e debatido por ele. Foram debatidos temas como os direitos autorais dos filmes disponibilizados pela Programadora e a importância da contagem dos espectadores para que se tenha parâmetros reais sobre o público que o cinema brasileiro atinge. As entidades que compram o pacote da programadora são responsáveis por enviar os dados de público, disponíveis no site do programa.
O representante do Conselho Nacional de Cineclubes, Antonio Claudino, falou sobre a reestruturação do conselho, que ocorre desde 2003. Destacou o foco na formação de cineclubistas e no compromisso com a formação do público. Salientou a importância dos projetos Programadora Brasil e Difusão Digital. A regulamentação da atividade está na Pauta da Ancine, segundo informou Leopoldo Nunes, diretor da Agência.
A assessoria especial de Cidadania Audiovisual da SAV foi apresentada pela sua coordenadora, Elisabete Jaguaribe. O debate sobre cidadania na secretaria surge a partir da necessidade de desenvolver programas que incluam cidadãos não só na fruição, mas também na criação dos meios audiovisuais de forma crítica. Ela destacou programas em curso, como o Olhar Brasil e o Revelando os Brasis, e parcerias com outros ministérios como Ministério do Meio Ambiente, no projeto Salas Verdes e no circuito Tela Verde.
Márcio Blanco, do Observatório de Favelas, falou das ações de produção realizadas nas favelas e periferias do país, enfatizando que este é um momento em que os grupos formados estão cada vez mais autogeridos, adquirindo independência das ONGs. Ele entregou a Carta da Maré com sugestões de políticas voltadas ao segmento popular.
A questão de capacitação dos moradores de favelas e da necessiade de educação formal para a preparação de profissionais qualificados para o mercado de cinema foram destacadas por Mayra Lucas, da Associação Brasileira de Cinema de Animação. Dora Mourão, representante das escolas de cinema, ligou o debate ao que tem sido discutido pelo Fórum Brasileiro de Escolas de Cinema e Animação (Forcine) e apresentou propostas para a elaboração de um Plano Nacional de Ensino e Formação para o Setor Audiovisual no Brasil.
Participantes da reunião
Orlando Senna - Secretário do Audiovisual
Ana Paula Santana - Gerente de Atividades Audiovisuais
Cláudia Dutra - Fórum dos Festivais
Claudino de Jesus - CNC
Elisabete Jaguaribe - Gerente de Cidadania Audiovisual
Frederico Cardoso - Coordenador Geral Programadora Brasil
Geraldo Moraes – CBC
Hermano Penna - Associação de Diretores
Leonardo Dourado – ABPITv
Leopoldo Nunes - ANCINE
Lucy Barrreto- Associações e Sindicatos de Produtores
Marcio Blanco - Coordenador do Observatório das Favelas
Maria Dora Mourão - FORCINE
Mario Borgneth - Assessor Especial do Ministro da Cultura
Mayra Lucas - ABCA
Nelson Hoineff - Associação de Pesquisadores, Críticos, Estudiosos e Restauradores
Paulo Boccato - CBC
Pedro Pablo Lazzarine- SINDICINE
Pedro Rosa - Gerente Internacional SAv
Rodrigo Savazoni -Radiobrás/ ABEPEC
Solange Lima - ABD Nacional
Tania Leite - Chefe de Gabinete da SAv Tetê Morais - ABRACI
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