Enviado por Leonardo Mecchi
Workshop de Análise Cinematográfica, no CCSP
De 02 a 07 de setembro último, a Revista Cinética organizou no Centro Cultural São Paulo, com curadoria dos editores Cléber Eduardo e Leonardo Mecchi, a mostra Vivendo e Morrendo em São Paulo, que discutiu, por meio da exibição de 18 longas-metragens e da realização de um debate, as questões que mobilizam, em ficções e documentários, os dramas paulistanos. Quais as principais razões de sofrimento ou de conflito dos personagens na cidade? E em quais medidas a experiência específica na metrópole motiva essas feridas emocionais?
Essa discussão será aprofundada agora no workshop de análise cinematográfica Vivendo e Morrendo em São Paulo, que tem por objetivo analisar algumas das principais características do cinema paulistano contemporâneo e suas relações com filmes de outros momentos históricos também ambientados na cidade. As questões estimuladas por essas obras estão vinculadas à noção de perda e ausência, tendo a cidade como presença mais ou menos evidente, mais próxima das motivações dos mal estares dos personagens ou ambiente no qual esses personagens tropeçam, caem e eventualmente se levantam.
O workshop será realizado nos dias 16, 17, 23 e 24 de outubro, das 10h às 13h, por Cléber Eduardo. As inscrições, gratuitas e com vagas limitadas, estarão abertas no próprio CCSP a partir do dia 30 de setembro.
Workshop de Análise Cinematográfica “Vivendo e Morrendo em São Paulo”
De 16 a 24/10, quintas e sextas, das 10h às 13h – 40 vagas
Centro Cultural São Paulo – R. Vergueiro, 1000
Inscrições (pessoalmente, por ordem de chegada): de 30/9 a 10/10, das 10h às 17h
Informações: Divisão de Ação Cultural e Educativa (11-3383-3436)
O workshop
Em cada um dos encontros será desenvolvido um tema vinculado às histórias paulistanas:
Encontro 1 – Introdução
Haverá um cinema paulistano definível dessa maneira não apenas na ambientação das histórias e na origem do financiamento? Haverá uma identidade paulistana no cinema? Como algumas características de filmes do passado dialogam ou não com a produção contemporânea? Quais são as questões em jogo na paulistanidade cinematográfica?
Encontro 2 – Famílias e Casais em Crise
Nesse módulo, analisaremos trechos de filmes nos quais a ambientação dos personagens é o universo familiar/conjugal e seus conflitos. Filmes em discussão: Anjos do Arrabalde, de Carlos Reichenbach; Perfume de Gardênia, de Guilherme de Almeida Prado; Contra Todos, de Roberto Moreira; Um Céu de Estrelas, de Tata Amaral; e Casa de Alice, de Chico Teixeira. Nesse encontro, também levaremos em conta as buscas pelo parceiro afetivo em filmes como Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz; A Dama do Cine Shanghai, de Guilherme de Almeida Prado; Tônica Dominante, de Lina Chamie; e Anjos da Noite, de Wilson de Barros.
Encontro 3 – Questões Sociais
Esse módulo abordará filmes nos quais o contexto social é parte integrante dos conflitos vividos pelos personagens. Veremos como isso se dá em filmes como De Passagem, de Ricardo Elias; À Margem do Concreto, de Evaldo Mocarzel; e O Invasor, de Beto Brant, nos quais a questão da moradia, da corrupção e da violência dão a tônica às imagens.
Encontro 4 – Caindo no Trânsito
No cinema paulista contemporâneo os personagens morrem, sobretudo, atropelados ou no trânsito. Serão analisadas variações dessa situação em filmes como A Via Láctea, de Lina Chamie; Não Por Acaso, de Philippe Barcinski; e Os 12 Trabalhos, de Ricardo Elias. A questão central nesses filmes é a ausência de controle dos personagens sobre suas vidas, tendo o trânsito da cidade como solucionador ou motivador das circunstâncias dramáticas.
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